domingo, 30 de dezembro de 2007

S A L D O S

Ah, vou mas é vender a alma e ofereço o corpo como brinde...!

sábado, 22 de dezembro de 2007

PETIÇÃO PARA UMA NOVA LEI EM PORTUGAL EM DEFESA DOS DIREITOS DOS ANIMAIS

Por um Código de Protecção dos Animais Moderno, Eficaz, Progressista e Justo

Petição na qual se pede à Assembleia da República que aprove e implemente uma nova lei de protecção dos animais em Portugal - sob a forma de um Código de Protecção dos Animais - que seja moderna, eficaz, progressista e justa, de modo a que o Estado Português passe a garantir uma adequada e forte protecção legislativa aos animais.

PARA ASSINAR A PETIÇÃO:

http://www.gopetition.com/online/14055.html

PARA VISITAR O SÍTIO:

http://www.manifestoanimal.org

iniciativa X 2007 > GALERIA ARTE CONTEMPO


Esta colectiva é um jogo conceptual em que participam muitos artistas (e com nomes de peso...), com obras do tamanho de um postal e que brinca com os bazares de natal...A Arte Contempo, é um espaço / galeria com força no domínio da arte contemporânea e conceptual portuguesa...

GALERIA ARTE CONTEMPO > Rua dos Navegantes (à Lapa) n.ª 46 - A, Lisboa > www.artecontempo.org # COM:


Albuquerque Mendes . Alexandra de Pinho . Alexandre Pedro . Alice Geirinhas . Ana Anacleto . Ana Hatherly . André Catalão . André Gomes . André Silva . Andrea Brandão . Ângela Dias . António Ferreira . António Mousinho . António Olaio . Bárbara Assis Pacheco . Bartolomeu dos Santos . Bruno Santos . Carolina Freitas Velez . Céu Costa . Cristina Ataíde . Cristovão Crespo . David Etxeberria . Eduarda Rosa . Eduardo Nery . Elna Hellwig . Emerenciano . Eugénia Rosa . Eugénia Rufino . Expedito Ribeiro. Gracinda Candeias. Hugo Palma . Inês Ribeiro . Isa Duarte Ribeiro . Isabel de Mello. Isabel Freire. Isidro. Isidro Bigares . Joana Bastos . Joana Consiglieri . Joana Villaverde. João Baeta . João Cutileiro . João Galrão . João Gonçalo Santos . João Oom . Joel Cardoso . Jorge Martins . José Barrias . José Francisco Azevedo . Josefina Ribeiro . Julião Sarmento . Laura Cesana . Lourenço de Castro . Lourenço Vicente . Luís Athouguia . Luís Leal . Luís Soares . Luísa Menano . Manuel Baptista . Manuel Caeiro . Manuel Caldeira . Manuel Pessôa-Lopes . Manuel Vilarinho . Manuela Cristóvão . Marcelo Costa . Margarida Conceição dos Santos . Margarida Lagarto . Margarida Palma . Maria de Jesus Salema Quintela . Maria Emauz . Maria Emília Dias Coelho . Maria Gabriel . Maria Jorge Martins . Maria José Oliveira . Maria Keil . Mary Belly . Miguel Ângelo Rocha . Nada Mandelbaum . Nadia Duvall . Natasha Revez . Noémia Cruz . Nuno Cera . Nuno Gaivoto . Patrícia Geraldes . Paulo Barros . Paulo Lisboa . Paulo Serra . Pedro Calbon . Pedro Calapez . Pedro Charters de Azevedo . Pedro Gil . Ricardo Manuel Lopes de Pinho . Rita Fernandes . Rocha de Sousa . Rodrigo Vilhena . Sílvia das Fadas . Soraia Avezedo . Susana Mendes Silva . Susanne Themlitz . Tânia Cristino Garrinhas Cravo . Teresa Huertas . Teresa Lacerda . Teresa Patrício . Teresa Saporiti . Vasco Barata . Vera Gonçalves . Victor Belém . Vítor Frazão . Xavier Montsalvatje

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Expo. no Panteão Nacional > "De Corpo e Alma - Base PXO..."

As datas da exposição "De Corpo e Alma - Base PXO - Mostra itinerante e de preparação da III Bienal do Porto Santo" no Panteão Nacional - Lisboa, são as seguintes:

Inauguração - Quinta feira, dia 6 de Março de 2008

Encerramento da exposição - Domingo, dia 6 de Abril de 2008

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007


terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Não às novas medidas de higiene alimentar da A.S.A.E.

LINK > http://www.PetitionOnline.com/naoasae/

PETIÇÃO AO:
Ministério da Economia e Inovação da República Portuguesa

A A.S.A.E., Autoridade de Segurança Alimentar e Económica tem vindo a impor sobre a restauração portuguesa um conjunto de regras e obrigações que em nada favorecem o povo português, pondo inclusivamente em causa valores culturais da nossa sociedade. Sob a bandeira da higiene e da segurança e escondidas atrás de supostas regras comunitárias (que não parecem estar em vigor em mais nenhum país da União Europeia), a A.S.A.E. instaurou um conjunto de medidas que vão desde a proibição da venda de produtos alimentares não empacotados, à proibição da utilização de chávenas de porcelana para chás e cafés, ou de copos de vidro para outras bebidas. De acordo com estes regulamentos todos os alimentos devem estar empacotados e etiquetados com prazos de validade, mesmo os preparados no próprio local de venda e as bebidas deverão ser servidas em copos de plástico. Além dos duvidosos e obsessivos principios higiénicos em que estas medidas se inserem, estas são de um cariz claramente anti-ambiental, estando em causa um drámatico aumento da produção de lixo, essencialmente plástico, um material resultante da refinação do petróleo. Em vez de uma política dos três R(reduzir, reutilizar, reciclar), temos aqui uma política do desperdício e da total falta de consciência ambiental. Depois há naturalmente a questão cultural. Como nos podem exigir que bebamos café em copos de plástico, como podem impedir a venda de bolas de Berlim nas praias, ou proibir que os cafés vendam produtos de fabrico próprio não empacotados? Os cafés sabem sempre melhor numa chávena e os produtos acabados de fazer, que tantas vezes chamamos "frescos", são aqueles que nos atraem aos locais onde são feitos? Contra a subserviência ao monopolio dos plásticos e do petróleo e a favor da tradições do bem comer e bem beber portuguesas, assinamos esta petição. Não podemos permitir que estraguem aquilo que de melhor existe no nosso país e, de certa forma, aquilo que faz de todos nós portugueses. Não à implementação das novas medidas de higiene alimentar da A.S.A.E., já!
___________

EU JÁ ASSINEI!

PEÇO QUE ASSINEM TAMBÉM

LINK > http://www.PetitionOnline.com/naoasae/

E ENVIEM AO MÁXIMO DE PESSOAS POSSÍVEIS

Penso que ainda muito havia a dizer... eu não aceito que me sirvam manteiga em pacotes de plástico, que o os nossos galheteiros portugueses sejam substituidos por garrafas do supermercado... que acabe o barro das travessas aos jarros.

Concordo que se criem locais próprios para fumadores (eu sou um deles), mas não admito em nome da minha saúde e dos demais que sejam obrigatórios máquinas de exaustão e de ar condicionado... de há muito que se faziam salas de fumo, até era elegante... agora quero ver se a rua desprovida de cinzeiros vai ser a solução, quem limpa as beatas atiradas para o chão? Eu se um dia for obrigado a trabalhar num local com ar condicionado permanentemente ligado... calmamente me é atribuida baixa médica, pois sou alérgico... Concordo que se limitem os locais onde é permitido fumar na mesma percentagem em que seja limitado o tráfico automóvel, exactamente pelo mesmo motivo: tanto os cigarros, como os cachimbos e os tubos de escape dos veículos que consomem gasolina provocam câncro, doenças cardiovasculares, AVC's, etc.: se num espaço de um restaurante com mais de 100m2 só se pode fumar num terço desse espaço, também só num terço das ruas é que devem circular os referidos veículos!

Manuel Pessôa-Lopes

domingo, 16 de dezembro de 2007

NOVE


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O CONTO DO VIGÁRIO

«O padre de Campo, Couto, Roriz e Tamel S. Fins, em Barcelos, vai deixar de dar os sacramentos e privar o acesso a todos os bens, movimentos e serviços (missas de sufrágios, catequese, atestados) naquelas quatro paróquias aos fiéis que não estejam inscritos nem tenham pago a côngrua (um dia do salário mensal) até ao próximo dia 23. O aviso, lançado no boletim paroquial e no fim da missa dominical, "sustenta-se no que diz o direito canónico e a Conferência Episcopal", realçou Avelino Castro, de 29 anos e sacerdote desde 2006.Para os paroquianos que desrespeitarem os prazos há ainda uma penalização: regularizar a situação implicará o pagamento de uma coima no valor de 50 euros por cada ano em falta. Aliás, a côngrua ("direitos paroquiais") de 2008 deve ser liquidada até Fevereiro. A "fórmula" exige pagamento do chefe de família, mulher e filhos empregados. Reformados "também pagam, recebem por mês 200 a 300 euros", nota o padre. Em Roriz, 182 em 622 famílias estão com "direitos" em falta.Muitos fiéis indignaram-se. "O padre foi arrogante e dramático. Exigiu dinheiro a reformados, disse que não o vão fazer de lorpa, que a pensão deles é mais de 10 euros/dia. Mas esquece-se que alguns passam fome e não têm luz eléctrica", notou uma paroquiana, que face às "ameaças de pagar para rezar" decidiu "nunca mais" ir a missas em Roriz, recorrendo a igrejas vizinhas."Tirar o meu filho da catequese, não fazer baptismos e pôr medo à minha mãe, que agora acha que se não pagar não tem quem a enterre, é de loucos", reagiu uma conterrânea. Garantiu ainda que ouviu "da boca do sr. padre", no fim da missa, que, para um funeral de "incumpridores", "a igreja será alugada e quem quiser arranje outro padre"."A igreja nem é dele, só faltava isto", reagiu a moradora, que não percebe as exigências de Avelino Castro, "só nos afastam de Cristo". Deu um exemplo: cada intenção da eucaristia (pessoa ou grupo lembrado) vale 7,5 euros, conforme pede a arquidiocese; cada missa em Roriz evoca em média dez intenções e, como há 12 missas por mês, somam-se 1200 euros, só naquela paróquia.Avelino Castro negou ter feito no fim da missa os comentários referidos. "Isto é como a carta da EDP com aviso de recepção. A Igreja é livre para todos, mas há direitos e deveres, temos de ser justos. As pessoas estiveram habituadas nos últimos 50 anos a fazer o que lhes apetecia", realçou. E lembra que, tal como era explícito no boletim paroquial, "quem paga os direitos paroquiais fica isento de pagar qualquer serviço da paróquia". A côngrua destina-se ao Fundo Paroquial, que é gerido pelo conselho económico (ex-Comissão Fabriqueira), que paga as despesas da paróquia, desde o ordenado do sacerdote às obras.»

Enviado via email:

«Manuel tu leste isto ? Tens que escrever a esta paróquia e a este Padre! Falta de vergonha!!!»

Resposta:

Por acaso já tinha lido a noticia, mais uma do «conto do vigário».
Por um lado de que valem os referidos sacramentos? Quem os irá querer pagar?
Isto é prática corrente da igreja católica ao longo da sua história: sempre venderam indulgências para alimentar os luxos de Roma... Este padreco é só mais um apostado no comércio tradicional, contrastando com a dimensão do hipermercado de Fátima (entre muitos outros)... Choca talvez... mas é realidade costumeira das paróquias, templos e catedrais: as missas pelas almas são pagas, os baptizados também... uma vez escutei de um padre que a capela mortuária era uma das extruturas mais importantes de uma igreja, porque nela os «clientes» não falhavam... toda esta história já é muito velha, o tal Jesus até tentou expulsar os vendedores do templo à porrada, mas não conseguio...
Vigário quer dizer padre, e vigarice? Este vigarista apenas é mais um a chantagear, ridiculamente porque a cultura e a evolução já não apontam para o consumo de sacramentos, passamos bem sem eles!
Preocupa-me mais os preços de um remédio para um idoso, ou dos livros de estudo para uma criança... Se querem cobrar 5.000 € por um baptizado não é grave, mas claro que é uma vigarice... Tempos houve e bons (na Primeira República) em que os padres foram aqui em Lisboa parar à prisão do Limoeiro, e cá por mim os espaços das igrejas podiam ser entregues para outras necessidades mais emergentes que o culto, actos sacramentais e comércio religioso.
O padre e o resto, o diabo que os carrregue!
Ámen!!!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

ARTE CONCEPTUAL

Arte que se baseia nos seguintes princípios:

a) Que a Arte consiste numa ideia básica e que não terá que ter necessariamente uma forma material.

b) Que a matéria básica da Arte é a linguagem e que não há distinção entre a Arte e a Teoria da Arte.

c) Que a actividade artística é uma investigação sobre a natureza da própria Arte.

A Arte Conceptual é uma tendência contemporânea dos anos 60 e 70 que procura abolir radicalmente o objecto artístico, desviando a atenção do espectador da obra executada para as suas propostas ou documentação, textos, notas, filmes, vídeo, gráficos, etc.

As primeiras experiências conceptuais tendiam a reforçar a ideia de paralelismo entre a Arte e a linguagem, ou que a Arte é uma forma de linguagem.

A Arte Conceptual tem nas suas origens no Ready-made, invenção de Marcel Duchamp, no contexto do Dadaísmo em 1917, ao propor para exposição como peça de escultura, um vulgar urinol de folha, assinado "R. Mutt" e intitulado "Fonte" (...). Marcel Duchamp estava "mais interessado na ideia do que no produto final", criando assim uma forma de "arte como ideia" essencialmente anti-formalista.

A Arte Conceptual não tem uma origem definida no tempo, mas começa a surgir como uma tendência artística a partir dos anos 70.

A Conceptual Art deriva frequentemente para a Instalação, onde a obra artística participa do próprio espaço de exposição, e é portanto una e única nesse espaço, tornando-se uma arte "contextualizada".

Kapelle der Versöhnung







galeria arte contempo > INICIATIVA X # 9 a 22 de Dezembro de 2007 / 14h30 -19h30

Esta colectiva é um jogo conceptual em que participam muitos artistas (e com nomes de peso...), com obras do tamanho de um postal e que brinca com os bazares de natal...
A Arte Contempo, é um espaço / galeria com força no domínio da arte contemporânea e conceptual portuguesa...

> Inauguração 8 de Dezembro às 17h.

> Rua dos Navegantes (à Lapa) n.ª 46 - A, Lisboa

> www.artecontempo.org

# COM:

Albuquerque Mendes
Alexandra de Pinho
Alexandre Pedro
Alice Geirinhas
Ana Anacleto
Ana Hatherly
André Catalão
André Gomes
André Silva
Andrea Brandão
Ângela Dias
António Ferreira
António Mousinho
António Olaio
Bárbara Assis Pacheco
Bartolomeu dos Santos
Bruno Santos
Carolina Freitas Velez
Céu Costa
Cristina Ataíde
Cristovão Crespo
David Etxeberria
Eduarda Rosa
Eduardo Nery
Elna Hellwig
Emerenciano
Eugénia Rosa
Eugénia Rufino
Expedito Ribeiro
Gracinda Candeias
Hugo Palma
Inês Ribeiro
Isa Duarte Ribeiro
Isabel de Mello
Isabel Freire
Isidro
Isidro Bigares
Joana Bastos
Joana Consiglieri
Joana Villaverde
João Baeta
João Cutileiro
João Galrão
João Gonçalo Santos
João Oom
Joel Cardoso
Jorge Martins
José Barrias
José Francisco Azevedo
Josefina Ribeiro
Julião Sarmento
Laura Cesana
Lourenço de Castro
Lourenço Vicente
Luís Athouguia
Luís Leal
Luís Soares
Luísa Menano
Manuel Baptista
Manuel Caeiro
Manuel Caldeira
Manuel Pessôa-Lopes
Manuel Vilarinho
Manuela Cristóvão
Marcelo Costa
Margarida Conceição dos Santos
Margarida Lagarto
Margarida Palma
Maria de Jesus Salema Quintela
Maria Emauz
Maria Emília Dias Coelho
Maria Gabriel
Maria Jorge Martins
Maria José Oliveira
Maria Keil
Mary Belly
Miguel Ângelo Rocha
Nada Mandelbaum
Nadia Duvall
Natasha Revez
Noémia Cruz
Nuno Cera
Nuno Gaivoto
Patrícia Geraldes
Paulo Barros
Paulo Lisboa
Paulo Serra
Pedro Calbon
Pedro Calapez
Pedro Charters de Azevedo
Pedro Gil
Ricardo Manuel Lopes de Pinho
Rita Fernandes
Rocha de Sousa
Rodrigo Vilhena
Sílvia das Fadas
Soraia Avezedo
Susana Mendes Silva
Susanne Themlitz
Tânia Cristino Garrinhas Cravo
Teresa Huertas
Teresa Lacerda
Teresa Patrício
Teresa Saporiti
Vasco Barata
Vera Gonçalves
Victor Belém
Vítor Frazão
Xavier Montsalvatje

ACAMPAMENTO ÁRABE EM OEIRAS ***** / MOUROS NOSSOS AMIGOS...

«Muammar Khadafi foi o primeiro líder africano a chegar a Lisboa para a II Cimeira UE-África, que se realiza sábado e domingo.
Severiano Teixeira reuniu-se com Khadafi a 9 de Maio, durante uma visita que serviu para convidar o ministro da Defesa da Líbia para um encontro dos cinco do Magrebe responsáveis desta área, à margem da reunião ministerial da União Europeia, em Setembro, em Évora.
O encontro está previsto para as 17h no Forte de S. Julião da Barra, onde o líder líbio está instalado(*) com uma extensa comitiva.»
Lusa / SOL

(*) - Leia-se literalmente ACAMPADO, pois o referido líder árabe é assim que se instalou, nos arrebaldes de Oeiras, exactamente no mesmo local onde padeceu na forca por ordem de Beresford, em 1817, o Marechal Gomes Freire de Andrade, patrono do ideal liberal e democrático em Portugal e lutador contra os abusos anglo-saxónicos... Ah, o quartel-general da NATO em Portugal também é perto, pois...!
Manuel Pessôa-Lopes

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

ABERTURA > II BIENAL DO PORTO SANTO / dia 4 de Agosto de 2007

A II Bienal do Porto Santo - Mostra Internacional de Arte Contemporânea abrirá no próximo sábado dia 4 de Agosto, a partir das 19,30 h.
Estarão patentes obras de áreas artísticas como Cinema, Design, Escultura, Fotografia, Instalação, Pintura e Vídeo.
As exposições estarão patentes no Centro Cultural e de Congressos, no Edifício Histórico da Câmara Municipal do Porto Santo, na Casa Museu Cristovão Colombo, no Átrio da Cãmara Municipal do Porto Santo e no Aeroporto.
Esta Bienal conta também com a participação da Amnistia Internacional, da Associação Cultural Etnia, da Associação Académica da Universidade de Coimbra, da galeria Atelier EA+ (Açores), da RESTART, da Joker Art Gallery, do Museu do Cardina (Porto Santo) e da Escola Secundária Professor Dr. Francisco Freitas Branco (Porto Santo).

O tema desta edição de 2007 será a IDENTIDADE.

No dia da abertura serão visionados dois filmes no Auditório do Centro Cultural e de Congressos (entrada livre):

Pelas 20,45 h. a média metragem de Fabianny Deschamps (França) «A Grande Bacia» com a presença da realizadora.
SINOPSE - «Lucille, 11 anos vive numa piscina da qual os seus pais são os encarregados. Este estranho lugar assemalha-se a um disco voador, faz emergir nela uma angústia irrepreensível e obscura. O objecto não identificada da sua peturbação vai-se revelara ainda mais obsidiante que os terrores da infância.»

Às 21,30 h. a longa metragem de Jorge Brum do Canto «A Canção da Terra», filmado no Porto Santo em 1938
SINOPSE - «A luta pela vida assume aspectos dolorosos com a seca , pois não chove na ilha. Gonçales procura obviar ao infortúnio com o alento que lhe traz o amor de Bastiana, apesar da rivalidade com João Venâncio, um rico proprietário com uma nascente de água nas suas terras e que se recusa partilhá-las com Gonçales. A resignação e o sacrifício, a ansiedade, a paixão e o ódio, ateiam conflitos humanos sob os caprichos da natureza.»
(Filme disponibilizado pela Videoteca da Câmara Municipal de Lisboa).

No dia 5, Domingo, serão visionados oito trabalhos de Vídeo da Escola de Criatividade e Novas Tecnologias - RESTART e o trabalho de Beatriz e Pedro Pimentel «Ser no Tempo».

quarta-feira, 25 de julho de 2007



(...Imagem lunar ou do Porto Santo!)

Do Sagrado Feminino
PAISAGEM
É um corpo de mulher,
a vista de montes
e vales de cinza.
Deserto que nos fala
da «Ilha dos Amores»
e da origem da nossa identidade.
Manuel Pessôa-Lopes
in BASE PXO - 2006

domingo, 22 de julho de 2007

PASSARAM POR MIM NO ROSSIO

Sábado passado os manifestantes da «frente nacional» cantavam A Portuguesa (o Hino de Portugal), de braço e mão estendidos fazendo a saudação fascista, junto da estátua daquele D. Pedro que fundou a soberania do Brasil e deu a Portugal o primeiro documento constitucional. Vieram do lado do Martim Moniz à Mouraria, que desde o tempo de D. Afonso Henriques é sitio de etnias diferentes. Alguns dos que se manifestavam contra os imigrantes traziam a Bandeira Portuguesa, verde e rubra em que sob o escudo português se vê o símbolo da ligação histórica entre o nosso povo e os demais deste planeta: a Esfera Armilar. Nunca vi serem tão insultados os símbolos de Portugal! Revoltei-me e senti vergonha. Ilucidei um casal idoso de turistas ingleses do que se passava, e o britânico cavalheiro disse-me apreensivo que havia lutado contra os nazis na II Guerra Mundial... Um agente da Polícia de Segurança Pública confessou também a sua vergonha e indignação, tentei sossegá-lo lembrando que nesse mesmo dia houve um jogo de futebol amigável entre a P.S.P. e imigrantes da Cova da Moura, bem haja a nossa Polícia e os imigrantes também! Houve um manifestante daqueles, já de cabelos brancos e não rapados como os de muitos que lá se viam, que me perguntou se eu custumava ir a banhos à praia de Carcavelos... respondi-lhe que lá vou sempre que quero, pois as praias de Portugal (assim como o Sol) são acessíveis a todos! Pessoas de bem e criminosos há-os de todas as nacionalidades e etnias, e informei-o um pouco do quanto, embora sendo eu caucassiano e de olhos azuis, existe de micegenação na minha familia lusa, afastou-se confundido para junto da pequena multidão que gritava: «Portugal é dos portugueses» e «fora com os imigrantes», não sei como pretendem que se passe à acção sugerida por esta propaganda, mas dado que são frases tão típicas da ideologia nazi, receio perceber que a solução consequente seja a mesma que o regime de Adolfo Hitler utilizou: aquela «solução final» que ninguém quer ver repetida... ou há quem queira? Onde estão a tolerância, a humanidade, o bom acolhimento, a ternura e os brandos costumes portugueses?
Os imigrantes devem ser vistos como pessoas que nos podem trazer benefícios: a cosmopolidade é enriquecedora da nossa cultura e civilização e necessária à nossa cultura e desenvolvimento. A política tem de ser de integração social e para absoluta legalização, sem nenhuma descriminação, exploração e humilhação. Há que agir começando por exemplo no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que funciona em moldes do género dos mencionados na literatura de Franz Kafka, pois que é lá que se trata de todos e devidos processos de legalização, o que à porta deste serviço na Av. António Augusto de Aguiar, em Lisboa, aconteçe todos os dias é de calamidade pública: centenas de pessoas aguardam uma madrugada a fio, por uma das escassas cinquenta senhas que são distribuídas diáriamente, sem contar com as intermináveis horas, que os que conseguiram obter uma dessas senhas, têm que aguardar pelo atendimento, não falando ainda da «tortura» da papelada... sei-o bem, pois fiz-lhes companhia duas vezes na passada semana e é ver para crer, basta lá ir e não ignorar. Os funcionários dos Centro de Emprego e do Instituto de Emprego e de Formação Profissional também têm uma missão e responsabilidade a cumprir para com os imigrantes, comecem por conhecer as leis que regem a acessibilidade à inscrição nos Centros e ao emprego quando os imigrantes iniciam um processo de legalização. Que a burocracia não esmague o que é de direito.
Ilegalidade não, nem roubo, nem arrastão, nem tráfico de droga ou de pessoas, nem lenocínio e tudo o resto, a que interesses de determinados a imigração ilegal serve?
Senhores governantes há que agir! Xenofobia e racismo são crimes previstos na lei portuguesa e são contra o consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem da qual Portugal é signatário.

Manuel Pessôa-Lopes
Lisboa, 19 de Junho de 2005

CARTAZ EXPOSIÇÃO «SOMBRA» (2003)




APRENDI A PINTAR COM A LUZ,
CONSTRUI UM ARMAZÉM DE MEMÓRIAS,
VIVO SOBRE PRATA.
IMOBILIZEI UM GESTO E GUARDEI UM PENSAMENTO...
TENHO UM SEGREDO:
CONSEGUI PARAR O TEMPO!

(Ich habe gelernt mit Licht zu malen,
ich habe ein Arsenal aus Erinnerungen aufgebaut,
lebndig durch Silber.
Ich habe eine Geste in Unbewegtheit gebannt und mich eines Gedankens angenommen...
ich habe ein Geheimnis:
ich habe geschafft die Zeit anzuhalten!)

Manuel Pessôa-Lopes

BERLIM - 1991
«Recortada a preto e branco com degradés de cinzento, nota suspensa da coreagrafia labiríntica que na vida cumprimos, exímios bailarinos do tempo, está ali a cristalização do gesto.
Na fotografia o gesto mágico roubado ao movimento.
Na aparente imobilidade do gesto o mistério. O convite. O desafio aos sentidos.
A súbita e electrizante descoberta. No gesto. Na ambiguidade do gesto.
É o jogo clandestino das formas aprisionadas, onde tudo vale e o gesto flui no engano das linhas fixas do tempo capturado. É o fascínio da fotografia.
Tudo o que se sente quando se olha finalmente para uma fotografia é propriedade absoluta dos nossos sentidos. O artista não partilha conosco o prazer delirante da descoberta. Ele já descobriu. Somos nós os cúmplices. Na engrenagem do jogo clandestino somos nós quem determina a linguagem da comunicação.
A fotografia é o acto de amor do fotógrafo. Ele dá-nos o espaço onde podem coabitar os nossos fantasmas e os que ele já lá deixou. Paralelamente. Sem nunca se tocarem. As sensações não se partilham. Acompanham-se muito de perto talvez, mas não se partilham.
O artista que fala com a objectiva. Quer, e muita vezes precisa, mostrar o gozo experimentado naquela imagem, observação lúcida do gesto que fazemos e não vemos. Ou a dor, o sorriso. A própria confusão dos fantasmas que nos são comuns. Há em toda a parte sinais que nos são familiares. O erotismo sentido que se percebe na explosão quente das formas que tocamos com os olhos. os vazios que procuramos evitar.
O artista é a nudez completa que nos fita com a verdade nos olhos. Expõe-se. É agora tremendamente frágil. Está consciente da sua vulnerabilidade e, contudo, exibe-se. Está lá. Faz a proposta.
Antes de tudo e acima de tudo há a coragem.É o ponto de partida. A coragem da proposta.
Nesta mostra, como em outras anteriores, Manuel Pessôa-Lopes aparece-nos como imaginário retalhista em armazém de memórias. Absolutamente só num mundo que o fascina e o confunde. Cruza o sorriso com um soluço contido .
É com dose de tremenda generosidade que nos descobre a gaveta mágica das imagens sem poder esconder a ânsia de nos sentir as emoções. De nos sentir perto dele. Daquilo que nele existe de (in)compartilhável.
Sente-se que tem uma nervosa necessidade de estar em cada fotografia, como um Peter Pan inquieto, atento ao nosso olhar, a dizer excitado, quando nota um particular brilho num particular olhar sobre um particular espaço/fotografia que... Há mais, tenho mais, tenho tudo... um tudo que ficou algures em sotãos de esquecimento e a frebe de uma mostra bloqueou a meticulosa escolha.
Não interessa se há ou não uma linguagem uniforme no discurso de Manuel Pessôa-Lopes. Deveria haver? Pesou mais a emoção na balança da escolha. Mas não excessivamente. O quanto baste para entender as nuances desse olhar rico de ternura. E lucidez. Dar. Dar é o mote. Abrir a pertubante galeria de espaços preenchidos por desilusões ainda atadas por um fio à ténue esperança de reaver o que porventura se tem como perdido.
O resto... o convite à participação... o gesto está lá. A proposta existe.»

António Manuel Esquível
1988